terça-feira, 17 de maio de 2011

Ondas de Calor

 
Os efeitos das temperaturas elevadas e das Ondas de Calor dependem do nível de exposição (frequência, gravidade e duração), do tamanho da população exposta e da sensibilidade da mesma. Desta forma, não é surpreendente que a relação entre a temperatura e os seus efeitos na saúde mostre alguma heterogeneidade entre populações e em função da sua localização geográfica. O Plano de Contingência para Ondas de Calor é um instrumento estratégico, que tem como objectivo promover a protecção da saúde das populações contra os efeitos negativos das Ondas de Calor. Para tal, este Plano baseia-se num sistema de previsão, alerta e resposta apropriada, sendo activado no período compreendido entre 15 de Maio e 30 de Setembro de 2011.
Uma exposição excessiva ao calor constitui um factor de stress para o organismo, particularmente para o sistema cardiovascular.
A gestão do risco para a saúde das populações está associado às Ondas de Calor e constitui um problema colateral à sociedade, obriga à mobilização não só das estruturas de Saúde mas também de todas as entidades com responsabilidade na protecção das populações, nomeadamente, o Instituto da Segurança Social a Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Administração Local.
Quando a temperatura exterior é superior à temperatura da pele, o único mecanismo de libertação de calor disponível é a evaporação do suor. No entanto, qualquer factor que impeça a evaporação, como a humidade elevada ou a reduzida passagem do ar (ex: roupas apertadas, ausência de brisa), irão levar ao aumento da temperatura corporal e provocar insolações ou agravar as condições clínicas crónicas em indivíduos mais vulneráveis.
Contudo, a exposição a temperaturas e humidade elevadas, particularmente durante vários dias consecutivos, pode causar doenças relacionadas com o calor, como as cãibras, esgotamento e golpes de calor.
A ingestão de líquidos é a principal forma de prevenir os efeitos adversos resultantes da
exposição ao calor intenso, sendo fundamental mesmo quando o indivíduo ainda não manifesta sinais de sede.
O Plano de Ondas de Calor é uma chave importante, pois como todos sabemos no Alentejo as temperaturas são bastante elevadas, são sempre fundamentais estas acções tanto de sensibilização como de ajuda a todos os que dela necessitam. É importante informar  e apoiar toda a população, principalmente todas as Moradias isoladas, como Montes, que possam necessitar  de alguns esclarecimentos ou até mesmo assistência.  
Por tal importância, elaborou-se um folheto contendo a informação para se proteger das Ondas de Calor, com a finalidade de entregar-se não só á população mas também em instituições e locais de abrigo ( locais onde poderá permanecer para se refrescar).
Neste contexto, e de forma a minimizar os efeitos das temperaturas extremas na saúde, a Divisão de Saúde Ambiental da DGS promoveu a elaboração de Circulares Informativas sobre diversos aspectos relacionados com as ondas de calor e seus efeitos na saúde, que estão disponibilizadas na área “Especial Verão” no site: http://www.dgs.pt
 Deixo aqui uns pequenos conselhos para sua protecção nas ondas de Calor:
  •   Beba líquidos com frequência;
  •   Ofereça água e sumos de fruta natural às crianças e idosos;
  •   Evite sair nas horas de maior calor e evite praticar esforços físicos intensos;
  •   Use roupa fresca e de cor clara;
  • Mantenha a sua habitação fresca: feche as janelas e persianas durante o dia e abra-as durante a noite;
  • Em dias de calor intenso permaneça 2 a 3 horas por dia num lugar fresco ou climatizado (centros comerciais, igrejas, bibliotecas, cinemas,…);
  • Contacte com regularidade os idosos e as pessoas que vivem isoladas (em especial os doentes crónicos e acamados).

Para mais informações contacte a equipa do Serviço de Saúde Pública do seu Centro de Saúde ou o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde “SAÙDE 24”:

- Telefone: 808 24 24 24 (custo de chamada local).










quarta-feira, 11 de maio de 2011

Feiras e Eventos:



As feiras e eventos temporários são desde muito do interesse da população e como tal aglomera sempre um número vasto de visitantes.
Estas são de recintos problemáticos, pelo que tive oportunidade de observar.
A estrutura dos pavilhões necessitam desde já, inúmeras alterações e obras de manutenção, pois neles estão a segurança e a saúde tanto dos trabalhadores como dos seus visitantes.
Ao verificarmos a Segurança Alimentar nestes espaços, reforçou as necessidades estruturais, bem como os cuidados necessários a ter para uma boa manipulação dos alimentos.
Começámos por preencher as check-lists para levantamento dos pontos críticos tendo em conta a necessidade de uma manipulação cuidada e segura nos estabelecimentos de Restauração presentes na feira. Onde lhes foi entregue, no acto da vistoria, um Guia de Boas Práticas de Higiene e Segurança Alimentar e algumas instruções de trabalho, como e quando higienizar as mãos, as temperaturas adequadas aos alimentos e higiene pessoal, sensibilizando-os para a importância de tais factos.
Entregou-se também uma cópia do conteúdo da caixa de primeiros socorros pois nem todos conhecem as necessidades para actuar em casos de emergência.
Continuamente seguiu-se as casas de Sandes bem como o fabrico de Pastelaria/Padaria.
Utilizámos ponderações nessas mesmas check- lists com o intuito de entregar aos estabelecimentos mais pontuados positivamente, um certificado da qual mencionava que este satisfazia os requisitos das boas condições de Higiene e Segurança Alimenta. Verifiquei algumas reticências por parte de alguns trabalhadores, no entanto o que me satisfez, foi o facto de a maioria estar aberta a alterações e colocá-las em prática no momento em que se lhes eram propostas as medidas para satisfazer os requisitos necessários para uma manipulação cuidada e segura dos alimentos.

Entregou-se 5 certificados, ao voltar ao local, mas agora como visitante, observei o facto de estes estarem fixados em local visível, onde poderiam ser lidos por qualquer pessoa que passasse no local. 
Espero que para o ano se encontrem melhores estruturas, que os melhores estejam ainda mais perfeitos e que para todos seja uma preocupação cada vez mais presente no nosso dia-a-dia, não só a qualidade da Alimentação mas também a qualidade dos serviços prestados.



Deixo-vos um video que apesar de estar em Brasileiro acho que está engraçado e com alguma informação importante.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Recolha de Águas em Piscinas:


O acto de mergulhar numa piscina, não só ministra bons momentos de satisfação, como pode suscitar consequências para a saúde humana.
As Infecções nos olhos, pele, ouvidos ou mesmo gastrointestinais, que se traduzem em conjuntivites, dermatoses, micoses, otites, febre tifóide, diarreias e até meningite, são os principais perigos que provêm do não tratamento da água de uma piscina.


As piscinas, para manterem a água límpida e transparente, necessitam de determinados cuidados. Pois os banhistas transportam consigo microrganismos e contaminantes químicos que podem prejudicar os utilizadores e deteriorar as instalações (tubagem, bomba, filtro, paredes, etc), logo a sua manutenção é de extrema importância. Em piscinas públicas impõe-se uma monitorização mínima mensal de parâmetros microbiológicos e químicos.
Os parâmetros de qualidade que devem ser medidos com maior frequência, pela sua importância e face à facilidade e economia da sua determinação, são o pH, o Cloro  e a temperatura.
Esta manutenção deverá ser desenvolvida em diversas acções diárias, semanais ou mensais tendo em conta os pontos a analisar.
1. Manutenção diária:
- Corrigir a concentração de cloro livre: o cloro é um desinfectante que elimina os microorganismos presentes na água, encontrando-se em duas formas: livre e combinado.
É o cloro livre ou “activo” o responsável pela acção de desinfecção.
- O pH indica se a água tem reacção ácida ou alcalina
2. Manutenção semanal:  
- Escovar as paredes e aspirar o fundo da piscina, retirando qualquer sujidade visível;
- Limpar o pré-filtro da bomba (se houver);
- Fazer a contra-lavagem do filtro;
- Juntar um produto anti-algas (algicida);
- Ajustar o nível da água, (que pode ter descido, devido à natural evaporação) e se necessário corrigir o pH e o cloro;


3. Manutenção mensal:


Análise microbiológica da água da piscina


Consiste na colheita asséptica de duas amostras de água (em superfície e em profundidade) para pesquisa de microorganismos patogénicos, são aqueles susceptíveis de causar doenças aos utilizadores.
Entre os principais encontram-se:
  • Coliformes totais
  • Coliformes fecais
  •  Estreptococos fecais ou Enterococos
  • Pseudomonas aeruginosa
  •  Staphylococcus coagulase (+)
  •  Staphylococcus coagulase (-)
                                              Recolha da piscina em profundidade
  

                                                     Recolha da agua da piscina à superficie

Análise química da água da piscina
Consiste na determinação analítica dos valores do pH, cloro livre, cloro total.
Os objectivos são:  

Com o pH e cloro livre, pretende-se confirmar os valores obtidos com a utilização de testes de comparação de cor .

O cloro total permite conhecer a “reserva” de cloro e prever a contaminação orgânica da piscina, visto que o cloro não livre se combina com as substâncias orgânicas presentes na água.

 Colorimetro


Para conhecer os valores limite ou os valores recomendados,  pode consultar a directiva CNQ 23/93 e uma Circular Normativa ,da Direcção- Geral da Saúde, nº 14/DA de 21 de Agosto de 2009.