terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Segurança e Higiene no Trabalho:

Nesta quarta semana de Novembro elaborei vários certificados de controlo de pragas, em que se certifica que o estabelecimento tem implementado o plano conforme previsto no Regulamento(CE) 852/2004 de 29 de Abril.
Com o surgimento de novos clientes houve necessidade de elaborar novos planos, dos quais consta a planta do estabelecimento (para localização do material utilizado para esta finalidade), fichas técnicas dos produtos utilizados e o respectivo certificado. 
Nesta mesma semana fiz ainda uma auditoria de  SHT (Segurança e Higiene no Trabalho) com a Técnica, numa oficina, onde se elaborou várias medições , utilizando sempre  que necessário, o equipamento de protecçao (botas de biqueira de aço, colete sinalizador e óculos de protecção).
A empresa (MCA) está dotada de recursos necessários para a Verificação das Condições  de SHT
Iniciámos com medições de Ambiente  Térmico Moderado com a duração  de 30 minutos cada, em quatro locais distintos da empresa  (sala de exposiçoes, escritório, secção de peças e na oficina).
Para estas medições utilizou-se:
  •  O BABUC, equipado com as Sondas necessárias para a finalidade (Sonda Psicometrica de acordo com a ISO 7726 para medição do Ambiente Térmico, Sonda de Medição de velocidade, Sondas de velocidade do Ar e de Turbulência de acordo com a ISO 7726, Sonda de Humidade Relativa para usos gerais (Ventilação) e Sonda da Temperatura Média Radiante).
 “ A actividade humana é fortemente condicionada pelo ambiente térmico. Na maioria dos casos, essas condições não causam ao indivíduo mas, em certas situações, devido ao seu feito, quer acumulativo, quer de choque, podem causar sérios problemas ao organismo. Os agentes associados ao ambiente térmico, temperaturas do ar, níveis de humidade, velocidade do ar, fontes de calor, etc., influenciam o desenvolvimento de qualquer prática. As reacções humanas podem ser tais que afectem o seu comportamento a todos os níveis e, como consequência, resultem em mau relacionamento pessoal e hierárquico, más posturas, absentismo, etc., tendo como pano de fundo a baixa produtividade do trabalho. “
                                                                    in, DASHÖFER, Verlag, - Higiene, Segurança, Saúde do Trabalho"


  • A Bomba LP 1200 e os Tubos de Detecção Colorimétricos onde verificámos os niveis de  Dioxido de Carbono(CO2) , gás  que se inalado em grande quantidade, pode provocar irritações nas vias aéreas, vômitos, náuseas, e até mesmo morte por asfixia (o que ocorre geralmente nos incêndios), e também os  níveis de Monóxido de Carbono (CO), que é um gás levemente inflamável, incolor, inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade.
“Alguns gases e vapores, entre os quais a maioria dos solventes industriais orgânicos, apresentam propriedades explosivas e inflamáveis, pelo que, para além de constituírem um factor de risco para a saúde, colocam também problemas no âmbito da segurança.”
                                                                         in,DASHÖFER,Verlag – “Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho”


  • O Luximetro, foi utilizado para medir o nível de iluminação dos ambientes. Cada ambiente tem, de acordo com Normas Técnicas, um nível de iluminação mínimo adequado para a realização das tarefas a que se destina.
“Uma iluminação correcta num local de trabalho contribui para as condições do mesmo sejam de modo a não provocar tensões psíquicas e fisiológicas aos trabalhadores, proporcionando dessa forma um aumento da produtividade, motivação, desempenho geral, etc. Caso contrário, além de provocar atrasos na execução das tarefas, poderá induzir stress, dores de cabeça, fadiga física e nervosa, etc., tendo como umas das consequências finais o absentismo.
De uma maneira geral, todos os locais de trabalho devem ser concebidos de modo a privilegiar uma boa visibilidade. Para tal, uma boa visibilidade depende da percepção da geometria, quer das peças a trabalhar, quer do campo da visão, dos contornos, da intensidade luminosa, da conjunção de cores e dos contrastes, quer estabelecidos por estas, quer devido aos níveis de iluminação reflectidos ou directos entre a peça e o plano de fundo.”
                                                                                                              in,DASHÖFER,Verlag – “Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho”


“O ruído constitui um problema preocupante da vida moderna.
Com efeito, muitos sãos os factores que cada vez mais contribuem para a elevação dos níveis do ruído quotidiano. (…) desde a revolução industrial o ruído vem sendo apontado como uma das principais causas de degradação das condições de trabalho, com efeitos muito nocivos na saúde da população trabalhadora(…).”

Segundo o Decreto-Lei 182/2006, a eliminação ou a redução do ruído excessivo é uma obrigação legal muito importante para empregadores e trabalhadores, pois quanto mais seguro e saudável for o ambiente de trabalho menores serão as probabilidades de acidentes de trabalho, de absentismo elevado e de diminuição de rendimento do trabalho.
A avaliação dos riscos, a adopção de medidas destinadas a prevenir ou a controlar os riscos, a informação, a formação e a participação dos trabalhadores, o acompanhamento regular dos riscos e das medidas de controlo e a vigilância adequada da saúde têm uma importância fundamental na prevenção dos riscos para a saúde dos trabalhadores. Todos estes factores são contemplados no presente decreto-lei e em legislação específica respeitante à segurança e saúde no trabalho.
O presente decreto-lei estabelece o valor limite de exposição e os valores de acção de exposição superior e inferior e determina um conjunto de medidas a aplicar sempre que sejam atingidos ou ultrapassados esses valores.
Em determinadas situações de trabalho, a utilização plena e correcta de protectores auditivos individuais é susceptível de causar maiores riscos para a saúde ou segurança.
Relativamente a locais de trabalho em que a exposição sonora diária é muito variável de um dia para o outro, prevê-se a utilização do nível de exposição sonora semanal para a avaliação da exposição, desde que esse valor não exceda o valor limite de exposição.
Para os efeitos da aplicação do presente Decreto-Lei, os valores limite de exposição e os valores de acção superior e inferior, no que refere á exposição pessoal diária ou semanal de um trabalhador  e ao nivel de pressão sonora de pico, são fixados em:

a) Valores limites de exposição: LEX,8h = L EX,8h = 87 dB
(A) e LCpico = 140 dB (C) equivalente a 200 Pa;
b) Valores de acção superiores: LEX,8h = L EX,8h = 85 dB
(A) e LCpico = 137 dB (C) equivalente a 140 Pa;
c) Valores de acção inferiores: LEX,8h = L EX,8h = 80 dB(A)
e LCpico = 135 dB (C) equivalente a 112 Pa.

Para minimizar os riscos associados ao ruido podem, e devem, ser adoptadas medidas de prevenção e controlo deste agente. Essas medidas podem ser de vários tipos:

Medidas Técnicas:
Medidas Acústicas:
Medidas
Organizacionais:
Medidas gerais:
Medidas de protecção individual:
- Processos de fabrico menos ruidosos;
- Materiais absorventes nas paredes;
- Separação dos postos de trabalho ruidosos;
- Informar e sensibilizar os trabalhadores;
- Uso de protectores auriculares adequados.

- Redução do ruído nas máquinas;

- Paredes
Anti-ruido;

- Limitar o tempo de exposição ao ruído;

- Sinalizar as zonas ruidosas;

- Aplicação de blindagens acústicas

Isolamento contra os sons sólidos.

- Avaliações periódicas de ruído.

- Limitar o acesso às zonas ruidosas;

- Vigilância audiométrica dos trabalhadores.




  • O Dosímetro é um  aparelho de bolso usado  por um funcionário para medir o ruido, no periodo de 8 horas laborais.
  • E por fim utilizámos o Sonómetro,  que é um instrumento de medida de intensidades sonoras, expressando as medições em decibel (dB), que se utilizou para medir o Ruido Laboral
    (conjunto de sons desagradáveis e/ou perigosos, capazes de alterar o bem estar fisiológico ou psicológico dos individuos e de provocar lesões auditivas que podem levar à surdez, prejudicando a qualidade e quantidade de trabalho).




Realizámos por fim uma vistoria do local, com o preenchimento de uma check list onde se verificou as Condições Gerais dos Locais de Trabalho ( pé direito, etc), Emergência (Plantas de Emergência, etc), Prevenção e Combate a Incêndios (identificação de produtos inflamáveis, etc), Higiene e Segurança (realização periódica da avaliação de riscos, etc), Condiçoes de Iluminação (se provocam encandeamento, etc), Ambiente de Trabalho(Temperatura aceitável, etc), Instalações e Quadros eléctricos (as tomadas estao protegias, etc), Extintores (Validade, etc), Segurança dos Produtos (armazenamento, etc) e a Organização da Limpeza (Plano de Limpeza, etc).
                                                                                   

Na oficina visitada verificámos uma boa Gestão de Residuos, pois fazem a recolha das baterias usadas, do oleo e dividem os residuos por grupos, estando os latões protegidos por cintas.





Óleos Usados e Baterias Usadas



Sem comentários:

Enviar um comentário